quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Roda-fortuna-destino

Seus traços de nanquim forte e fluido
traduzem rostos, sons e gestos frágeis,
dissonantes na forma,
intensos de serem o momento que impera.


É a fuga do cotidiano, 
na mescla intensa à busca de ver o mais fundo,
o que é denso.


Há tempos eu não dividia a mesma linguagem
do afeto clandestino, da roda-fortuna-destino:
toda a inconstância de ser só e livre,
toda a insistência em buscar completude -
virtude só da alma nobre.


Suas ferramentas: linguagem onírica, 
notas musicais de mil timbres,
vazio da troca não-tida, da vida sentida da falta de essência,
daquilo que reluz no breu...


E eu,
caos tão importuno, necessário na profundidade de encontro com o uno,
essência do que quer novo rumo -
o sumo e desejo de leve, completo
e da espera de ser.
 

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