sábado, 28 de novembro de 2009

Da imprevisibildade

Meu coração inquieto
percorria a grama fofa em transe,
na órbita da "palavra (en)cantada"
que saía de teus lábios doces.

Privilégio inesperado,
percebo tua serenidade pulsante
em meio a estórias curtas,
sorrisos leves e olhos francos,
como num restrito espetáculo.

E sonho,
misturando as canções tuas
que, agora, já não são as mesmas.
Pensava-me também não ser mais.

Há tempos eu já não sentia
a alegria em resgatar-me
do mar de pesares que a vida traz.

E plano, qual partícula em dança,
criança,
desmancho-me em mil cores,
na onda sonora desperto:
sedenta para transmutar.

Mais bela, então, faz-se
a intimidade `a qual me convidas.
No rodopiar da brisa que inunda,
espero de ti só tu mesmo,
grande estréia de nosso reencontrar.